sexta-feira, 1 de maio de 2009

De cara com a insegurança



Os problemas de violência e roubo não são novidades nas regiões do entorno e cidades satélites do Distrito Federal. O Plano Piloto é considerado uma ilha diferenciada pela quantidade de agentes policiais que desfilam em viaturas muitas vezes de melhor qualidade que a de muitos cidadãos. No entanto, essa condição de lugar seguro vem sendo desintegrada nos últimos meses após inúmeros casos de roubo, sequestros relâmpagos e outros delitos.
O campus Darcy Ribeiro tem uma área imensa e por lá circulam alunos com propósitos acadêmicos distintos, muitos utilizam automóveis para o transporte, e já é comum aqueles que fazem uso de computadores portáteis como ferramenta de estudo e desenvolvimento de atividades acadêmicas. O encontro de valores materiais elevados com a falta de infra estrutura, policiamento e iluminação fazem desse campus um alvo para as atividades citadas, e o vídeo acima mostra com clareza a facilidade em que um indivíduo tem acesso às instalações de sala de aula e laboratórios, procura calmamente pelo objeto que irá furtar e vai embora sem encontrar nada que o dificultasse.

Ontem, em meio a uma comemoração no estacionamento da FT, um automóvel foi roubado. Não se trata do aparelho de som, mas do veículo. Cerca de metade das lâmpadas do estacionamento estavam apagadas, e mesmo com a presença de grande número de estudantes a menos de 50 metros, o furto foi feito em poucos minutos, deixando a estudante perplexa e sem saber como foi possível o fato.

Furto: Subtrair fraudulentamente, sem violência. Mas até quando? E se a estudante estivesse voltando e abordasse os atores do furto, a violência não só poderia vir a acontecer, mas como está prestes a acontecer quando se deixa uma universidade que reuni tamanha quantidade de valor, seja material, seja humano, sem nenhum suporte e segurança. A comunidade acadêmica e os estudantes merecem maior tranqüilidade, e cabe aos alunos, vítimas em maioria dos casos, cobrar ação urgente e sem meias palavras das pessoas competentes. O DCE é a instituição que melhor pode acolher essa necessidade e leva-la a todas instâncias da universidade, mudando a situação e não permitindo que tragédia seja único meio de movimentar e gerar atitude por parte dos responsáveis.

É por isso que para maior Segurança nos campi propomos:
- Concurso público para vigias;
- Maior capacitação e aparelhamento dos vigias da UnB, até para que haja mais rondas;
- Iluminação em todos os campi;
- Criação do Conselho Comunitário de Segurança.

2 comentários:

  1. O que justifica então o Pra Fazer Diferente ser CONTRA a presença da PM no Campus?

    As medidas de iluminação e instalação de câmeras, por exemplo, não são excludentes com a permissão de rondas ostensivas da polícia no campus.

    É preciso coerência.

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  2. Temos mesmo que ser coerentes e somos quando propomos fazer a diferença ao reforçar o diálogo e a integração da comunidade na luta pelo fim da violência (com a criação do conselho) e ao incentivar a contratação de vigias para que a universidade contribua para o fim da violência.
    Não achamos que a polícia precisa fazer as rondas no campus, mas que a universidade tenha as condições para se manter e, quando necessário, chame a polícia para resolver alguma questão.
    obrigado pelo comentário!

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