O movimento estudantil precisa mudar, mas hoje ele se mantém encastelado nas mesmas práticas, vozes e visões. O movimento é jovem, mas age como velho, é revolucionário, mas reage como conservador, é retilíneo, é uniforme. Só podemos chamar de esquizofrênico algo que prega a transformação radical da sociedade, mas sequer é capaz de transformar suas práticas internas, sequer é capaz de pensar a si mesmo.
O movimento estudantil está órfão dos estudantes. E não haveria de ser diferente. As disputas internas, as picuinhas do poder menor e o aparelhamento partidário o relegaram o isolamento e falta de representatividade. Pequenos grupos fechados proclamam, aos berros, a verdade que só eles têm, a vanguarda que só eles representam e as mudanças que só eles podem realizar. Seguirão sendo motivo de riso e chacota.
Para se ter um exemplo, o atual DCE toca suas lutas e discussões como se estivesse no século passado. O site da instituição não é atualizado desde setembro de 2007. O blog foi atualizado pela ultima vez quando ainda era chapa que concorria ao pleito. A comunicação é feita por panfletinhos e gritos de guerra em carros de som, vazios de conteúdo e reflexão.
A falta de preocupação com o cotidiano dos estudantes é clara. Seu jornalzinho não tem a participação dos C.A´s nem dos estudantes e longe de falar sobre a universidade, trata apenas das velhas criticas à globalização e ao “Grande Capital”.
A presença nos conselhos superiores nos quais eles foram eleitos para estar é rara, e quando aparecem, pouco refletem as discussões e projetos para de pronto tudo taxarem e tudo julgarem sem nenhuma proposição.
Não podemos esperar uma conjuntura favorável para ocupar a reitoria cada
vez que tivermos problemas, o DCE deve criar uma situação favorável para
obter conquistas permanentes por meio da representatividade somada à
participação dos estudantes. E o que vemos foi que o DCE não foi capaz de
obter uma conquista sequer que não fosse fruto da ocupação, uma realização
de todos estudantes!
O DCE esta afastado da realidade dos c.a´s, das reivindicações pela seriedade e avaliação dos professores, é contra a existência de empresas juniores e jamais moveu qualquer iniciativa com relação aos grupos PET e PIC. Jamais articulou eventos, iniciativas culturais e esportivas. E continua a reproduzir a segregação das cidades satélites quando concentra o DCE apenas no campus Darcy Ribeiro. Mas segue gritando palavras de ordem como se só isso bastasse para mudar a realidade da UnB. Se nem o prometido foi feito, muito menos o que virá.
O HUB, a Fazenda Água Limpa, os outros Campi, e toda a universidade de Brasília querem mais. Os estudantes querem FAZER DIFERENTE. Querem um movimento estudantil que proponha, que construa. Um DCE que seja capaz de funcionar como coesão. Um DCE que longe de deter a verdade absoluta se abra a tudo e a todos. Um DCE que promova arte, cultura, esporte, extensão, empreendedorismo e que traga nova vida para o cotidiano dos estudantes.
Queremos um DCE que discuta política, que discuta a realidade de país, mas de maneira aberta, descolada dos velhos preconceitos. Queremos um DCE itinerante, aberto a todos e não apenas a um grupo que pensa igual. Queremos um DCE que FAZ DIFERENTE.
E estamos fazendo diferente desde já. Inovamos na formação da chapa, com calouros, membros de C.A´s, grupos PET, extensionistas e independentes. Inovamos no contato com o estudante, produzindo um blog interativo com vídeos, arte e discussões abertas. Inovamos ao defender uma campanha limpa e de baixo orçamento e inovamos ao levantar essa verba de campanha por meio de doação dos próprios estudantes que acreditam nessa idéia. Tudo isso está aberto e claro em nosso blog.
Junte-se a nós, acredite nessa idéia e ajude-nos a realizar o sonho de um DCE diferente, de uma UnB diferente. Dias 5 e 6 de maio, vote chapa 3 nas eleições. VOTE DIFERENTE!
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